quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Ansiedade



Os psicólogos do desporto vêm estudando a relação entre ansiedade e desempenho há
décadas. Eles não chegaram a conclusões definitivas, mas esclarecem aspectos do processo
que têm várias implicações para ajudar os desportistas a reagirem e terem melhor desempenho, em
vez de se deixarem abater e atuarem mal (WEINBERG e GOULD, 2001).

O desportista pode ter seu desempenho afectado positivamente ou negativamente em
decorrência do estado emocional pré-competitivo.
A ansiedade é o termo usado para a emoção experimentada quando nos deparamos
com eventos aversivos que podem nos causar dor. A exposição a ameaças causa mudanças
fisiológicas que nos preparam para lidar com essas ameaças. Uma dessas mudanças é o
estreitamento da atenção e, dessa maneira, o desportista fica menos sensível a estímulos externos, o
que pode causar uma queda em seu desempenho global. As mudanças fisiológicas que
ocorrem no organismo consumem muita energia, o que pode interferir em atividades de longa
duração. O excesso de ansiedade causa um aumento de adrenalina, que pode fazer com que o
atleta se apresse em executar ações que requerem atenção e cuidado.

Existem algumas estratégias que podem auxiliar o desportista a lidar com o excesso de
ansiedade e tensão, como aprender a reconhecer e mudar pensamentos negativos, utilizar
afirmações positivas, regular a respiração, manter o senso de humor e fazer relaxamento.
Segundo Fleury (2005), a ansiedade pré-competitiva é um estado emocional que se
caracteriza por nervosismo, preocupação e apreensão que pode ser gerado por nossos
pensamentos (ansiedade cognitiva) ou por reacções fisiológicas (ansiedade somática).

Para Martens (apud VOSER, 2003), existem muitas causas para o aparecimento da
ansiedade antes da competição, mas em geral, elas reduzem-se a dois fatores: A incerteza que
os indivíduos possuem acerca do resultado e a importância que o resultado representa para os
indivíduos.
Cratty (1983), afirma que nem toda a ansiedade é prejudicial. O bom desempenho
requer um nível de ansiedade ótimo. Brandão (1995) concorda dizendo que quando isto
acontece o desportista esta psicologicamente em controle.
Para Fleury (2005) certo grau de ansiedade pode melhorar o desempenho desde que os
níveis fisiológicos não sejam excessivos, um pouco de tensão aumenta o esforço e a
concentração de um desportista, o desempenho deteriora-se apenas sob as condições combinadas de
preocupação mais ativação física excessiva (ativação física = tensão, batimento cardíaco,
respiração alterada, sudorese, etc.).
Para Júnior (1998) a ansiedade pode ser positiva ou negativa. Ela é positiva quando a
ansiedade está adequada, existe uma estabilidade emotiva e o desportista possui uma personalidade
sadia. Negativa quando existem tensões emocionais excessivas ou então o desportista não apresenta
nenhum quadro de tensão emocional, ele se mostra ausente em relação à competição.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Personalidade



Raramente o significado da palavra personalidade é claro para quem o usa, estando,
muitas vezes, vagamente associado e relacionado, em uma primeira análise, com a idéia de
habilidades sociais e, em uma segunda, com a avaliação da impressão marcante que o
individuo causa em outras pessoas.

Os conceitos de personalidade variam dos mais simples (porém não menos
importantes) até mais complexos, sendo que ambos apresentam uma dificuldade de
entendimento e aceitação entre estudiosos e pesquisadores da área.
Butt, Cox e Weinberg & Gould apresentam similaridade no conceito de personalidade
ao considerarem-na o conjunto de características que somadas, compreendem o caráter único
de cada indivíduo.
Historicamente, uma das pesquisas mais realizadas em Psicologia do desporto refere-se
à relação entre personalidade e desporto (VEALEY, 1992), muitas comparando desportistas e não desportistas,
desportos individuais e desportos colectivos, níveis distintos de rendimento, posição, sexo
e as reacções do desportista antes e depois de uma competição desportiva.

Lundin, (1972) baseado na teoria do reforço da aprendizagem, considera a
personalidade como sendo o equipamento singular do comportamento que se adquire através
de uma história de aprendizagem. Tal visão considera a personalidade como parte do campo
geral da aprendizagem, tratando em particular os processos de aprendizagem que implicam no
ajustamento do homem ao seu meio.

Segundo Jung (1981), a personalidade é uma semente que só pode se desenvolver em
pequenas etapas durante a vida. Acrescenta que não é a criança mas o adulto que pode
alcançar a personalidade como fruto de uma vida cheia, orientada para este fim.
Para Hall et al. (1973), cada vez que um organismo aprende uma nova solução,
desenvolve a personalidade, que evolui em resposta a quatro fontes principais de tensão:
processo de crescimento psicológico, frustrações, conflitos, perigos. O aumento da tensão que
cresce dessas fontes obriga a pessoa a desenvolver novas maneiras de reduzir a tensão.

A definição de personalidade que mais vem sobrevivendo aos avanços do tema
durante os anos é de Allport de 1937 (apud COX: p.21) preconizando que a personalidade é
“a organização dinâmica de sistemas psicofísicos do indivíduo que determinam ajustes únicos
ao seu ambiente”. Mais recentemente, Alonso apud Hernández - Ardieta et al. (p. 106) definiu
a personalidade como “organização mais ou menos estável e duradoura do carácter,
temperamento, inteligência e constituição física de uma pessoa que determina sua forma
peculiar de se ajustar ao ambiente e interagir com ele”. Nota-se que os autores não
mencionaram somente características psicológicas em relação à personalidade, mas incluem
às físicas, o que aponta para uma maior complexidade através da interacção de diferentes
variáveis.
A personalidade representa segundo, Hermann (1975:25), “um conjunto de
características individuais, as quais são relativamente permanentes e estáveis”.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Coesão de grupo



A união ou coesão de uma equipa é fundamental para o bom desempenho desportivo dos
atletas. No desporto, o objetivo é vencer uma partida ou um campeonato, o que, em parte,
depende do esforço coordenado da equipa ou do trabalho de equipa.

Para Weinberg e Gould (2001), a coesão relacionada à tarefa reflete o grau em que
membros de um grupo trabalham juntos para alcançar objectivos comuns.
Carron (1982) define coesão como um processo dinâmico que reflete na tendência do
grupo em permanecer junto perseguindo metas e objetivos comuns.
O nível de coesão é maior em grupos pequenos, em grupos muito grandes a coesão é
menor e o mesmo tende a se subdividir em subgrupos, dificultando o relacionamento entre os
atletas. A proximidade física também é um factor que aumenta a coesão.
É comum perceber que equipas que passam a pré-temporada num mesmo local ficam
mais unidos, pois estabelecem uma maior comunicação entre os mesmos. Portanto, o grupo
deve ser uma só unidade, não havendo preferências entre seus integrantes.
Segundo Johnson (in KOHN, 1986), os indivíduos que se sentem aceitos pelo grupo,
exploram com mais segurança e liberdade os problemas que aparecem. Assumem riscos,
analisam suas capacidades e estão mais abertos a aceitarem os seus erros e aprenderem com
eles.

Para aumentar a coesão do grupo é importante ter bem claro que a coesão define-se
pela união do grupo em busca dos mesmos objectivos, portanto é necessário que esses
objectivos sejam claramente definidos e que sofram mudanças de acordo com o progresso do
grupo. É importante também que se encoraje à competição positiva dentro da equipa, para que
os atletas possam juntos alcançar uma melhora de desempenho, e que cada atleta tenha seu
papel muito bem definido para que todos se sintam responsáveis pelo sucesso da equipa.

A excessiva rotatividade de pessoal, realizar encontros periódicos entre
os membros da equipe e estabelecer metas desafiadoras de grupo são algumas diretrizes para
o aumento da coesão de grupo segundo Weinberg e Gould, 2001.
Outro factor importante para a coesão grupal é que a comunicação entre atletas e entre
atletas e comissão técnica seja respeitada.
Sendo assim, a coesão é um fenômeno complexo, dinâmico e variável ao longo do
campeonato. A unidade da equipa é um alicerce sobre o qual o grupo irá crescer e ter sucesso
e é essencial para a existência do grupo. Cabe ressaltar que a coesão de um grupo não aparece
de uma hora para outra, sendo oportuno que desportistas e comissão técnica trabalhem juntos para
alcançá-la.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Concentração


CONCENTRAÇÃO


A concentração pode ser definida como a focalização da atenção em um determinado
objecto ou em uma acção (SAMULSKI, 2002), ou seja, a capacidade de dirigir com consciência
a atenção a um ponto específico no campo da percepção.
Para Rubio (2000), o treino da concentração constitui a melhoria da capacidade
de focalizar a atenção em um ponto específico do campo da percepção e a capacidade de
manter um bom nível de concentração durante um longo período de tempo (resistência de
concentração).

No âmbito desportivo, ela pode ser considerada como a habilidade de focalizar em
estímulos relevantes do ambiente e de manter esse foco ao longo do evento desportivo
(WEINBERG & GOULD, 2001). Os atletas que descrevem seus melhores desempenhos
inevitavelmente mencionam que estão completamente absorvidos no presente, focalizados na
tarefa e realmente conscientes de seus próprios corpos e do ambiente externo.
As pesquisas indicam que os craques (desportistas com alta capacidade) são capazes de
analisar situações mais rapidamente e usar mais sinais antecipatórios do que a média dos
outros atletas (ABERNATHY, 1993). Ser capaz de analisar uma situação para saber o que
fazer – e possivelmente o que seu adversário está para fazer – é a chave da habilidade de
atenção.

Segundo Samulski (1998), a concentração de um atleta pode ser aprimorada por meio
de técnicas de concentração, visualização ou exercícios de relaxamento. Essas técnicas podem
ser utilizadas periodicamente, durante o período de treino e antes de uma competição.
Syer e Connolly (1984) propõem algumas diretrizes para o desenvolvimento da
concentração, como conhecer os fatores de distracção, manter-se rigorosamente na rotina de
aquecimento, preparar pensamentos padronizados que possam ser utilizados quando ocorrer
alguma distracção durante a competição, respirar profundamente e relaxar.

VARIÁVEIS PSICOLÓGICAS QUE INTERFEREM NO RENDIMENTO DO ATLETA DE FUTSAL

O Blog está de volta, depois de algum tempo inactivo.
Nas proximas semanas iremos falar das:

"VARIÁVEIS PSICOLÓGICAS QUE INTERFEREM NO RENDIMENTO DO ATLETA DE
FUTSAL"

Espero que gostem!

Abraço

terça-feira, 29 de julho de 2008

Tempo e Espaço


Na prática do Futsal, quer no individual quer no colectivo, tem sempre em conta dois factores importantes: tempo e espaço.
Todavia, os factores tempo e espaço não são apenas valores absolutos para um treinador, pois ambos têm de ser interpretados como valores relativos, ou seja, serem considerados como sentimentos espaço-tempo dos próprios jogadores durante um determinado momento ou situação de jogo.

Qual a percepção espaço - temporal que o atleta sente num determinado momento ou situação de jogo? Estes sentimentos estão dependentes de que? Quais as eventuais propostas para resolver estes sentimentos vindos de um indivíduo e de que forma são aplicados?
Como ajudar um jogador a integrar-se nos comportamentos dos colegas de equipa? E, ao mesmo tempo, como prever essa percepção espaço - temporal que o atleta possa obter num determinado momento ou situação de jogo?
Este sentimento espaço - temporal depende de duas percepções variáveis:

1 - Habilidades/Competências espaço-tempo - Onde e como posiciono o meu corpo perante a bola e perante o desenrolar do jogo- O movimento e posição do adversário- A bola: Onde está? Está em posse de quem? Qual o seu trajecto?- Os meus colegas de equipa: Quantos são? Onde estão? O que estão a fazer?2 - Objectivos que coloco a mim mesmo no Futsal- Qualidades técnicas
- Coordenação
- Competências físicas
- Conhecimentos tácticos

Qualquer sentimento, emoção, percepção e/ou oportunidade possuído pelo atleta, num determinado momento de jogo, não é planeado nem tão pouco previsto pelo treinador, mas são factores decisivos e básicos para uma performance do próprio jogador bem como da equipa durante o jogo. Daí que, o técnico deve ser sempre observador, analista, avaliador, e considerar aqui os factores espaço-tempo, em forma para esquematizar um método de trabalho (treino), para os jogadores individualmente e no seu colectivo como grupo de trabalho.
Embora seja resolvido esta questão, de seguida surge outro: Que tipos de trabalhos podemos aplicar aos jogadores? Como realizar esses trabalhos (treinos) e obter feedback por parte dos atletas? Qual a duração e momento certo para realizar os mesmos com a equipa no seu colectivo bem como em sessões individuais?

Numa situação de jogo, ambos os conceitos (tempo e espaço) são relativos e não, como referido anteriormente, concretos. Os atletas têm a presença de ambos num determinado momento ou situação de jogo. No entanto, durante esse mesmo momento ou situação de jogo, outro jogador (da mesma equipa) pode, por ventura, agir de maneira diferente. Qual o tempo de jogo? Qual o espaço útil à minha volta no campo? Quanto espaço utilizado referente aos meus movimentos?
Todavia, não podemos ter a total certeza que, numa situação de jogo idêntica à anterior, o mesmo jogador tenha a mesma percepção e comportamento prestado anteriormente.
O objectivo crucial do técnico é melhorar e transmitir totalmente a compreensão do factor espaço - temporal aos seus jogadores, quer no colectivo, quer individualmente. Em qualquer das circunstâncias, a equipa, no seu conjunto, ajuda o jogador a melhorar e tornar a sua tarefa mais simples no que diz respeito às suas atitudes e comportamentos em campo.


Eis dois exemplos:
1) Relativamente com a posse de bola – quando em tempo bem aproveitado, eu consiga desmarcar-me do meu oponente e daí facilmente o meu colega (em especial com poucas capacidades técnicas), com a posse de bola possa executar a tarefa. Senão, a minha equipa sentirá dificuldades no controlo da posse de bola num determinado momento de jogo;
2) Sem a posse de bola – se eu providenciar uma jogada defensiva com o meu companheiro, quando este está precisamente perante uma situação de “dribbling” do adversário. De certo, irei condicionar o espaço do adversário e, ao mesmo tempo, o meu colega de equipa posicionar-se-á no meu espaço na altura do passe. Ou seja, poder-se-á marcar corporalmente o oponente em todos os seus movimentos, dentro das quatro linhas.

Em síntese: Sempre que haja discussões em relação a sistemas de jogo, factores tácticos ou em situações específicas de jogo, é necessário a concentração somente no tempo e no espaço onde, por vezes, é possibilitado no comportamento dos adversários.

Saber quem acertou ou quem errou não é relevante, pois apenas numa situação de passe ao longo de uma jogada é possível feedback. Independentemente da situação em causa, o jogador pode “roubar” o tempo e espaço do jogo ao seu adversário e dominar a posse de bola, ou não, deste.
Se, porventura, eu predominar tal posição, posso superar uma próxima situação de jogo, isto porque o tempo e espaço de jogo pode alterar-se.


Agenore Maurizi

terça-feira, 8 de julho de 2008

Contrato renovado - 3º ano



"Nos Juniores a equipa ficará de novo entregue a João Lino para 2008/2009. Este será auxiliado por Nuno Pereira e por Nuno Lopes (Malhoa), ambos também já da equipa técnica da época transacta.Espera-se uma equipa competitiva já com provas dadas e fruto disso foi a renovação com estes três membros pertencentes à equipa Sénior. Sendo uma equipa Junior a principal tarefa será formar jogadores para que possam ingressar na equipa Sénior aquando da sua subida. Trabalho aqui também não faltará e esta formação será sempre acompanhada pelo treinador dos Séniores."






Caminho para a minha terceira epoca como treinador, com o mesmo sonho e a mesma convicção de sempre.
Depois de uma primeira epoca que me tornei campeão e de uma segunda epoca menos brilhante, poderei dizer que aprendi muito como treinador ao ser campeão, mas aprendi ainda mais na ultima epoca, em que tive que lidar com situções de conflitos de personalidade, situaçoes de desmotivação, situaçoes de injustiça, logo, olho para a ultima epoca como um grande ano, em que aprendi muito.
Renovei, com a convicção clara que eu e toda a minha equipa tecnica podemos dar muito a este projecto, renovei com a convicção clara que temos o apoio do clube, renovei porque sei que mais importante que o dinheiro, é estar num sitio onde nos sentimos acarinhados, onde sentimos o simbolo, onde amamos verdadeiramente o clube.
É um orgulho imenso pertencer á Juventude Ouriense, é um orgulho imenso ter á minha volta colegas que tem o mesmo sonho e motivações que eu!


Juventude Ouriense 2008\2009 Eu Estou!! =)



João Lino

domingo, 29 de junho de 2008

O sonho


A palavra sonho é curta na forma, mas gigante no conteudo.

Sonhar é fundamental para termos um rumo, uma motivação, um unir forças...

Sonhar é realizão a nossa mente, o nosso espirito, a nossa alma de uma forma imaginária...

Sonhar é poder realizar tudo imaginariamente, mantendo a estrelinha, o brilho que se torne real...

Mesmo quando tudo parece ter destruido o sonho, sonhar, mostra-nos que podemos rescontruir tudo, mostra-nos que nada nos deitará abaixo...

Um sonhar é imensamente motivador, o mesmo sonho, dentro de uma equipa, por todos, será ainda mais motivador e ainda mais cativante.


Eu sonho e continuarei a sonhar!


João Lino

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Finalmente!!


Finalmente começou a luta por todos aqueles que fazem do desporto seriedade, alegria, empenho, paixão, uma fuga as diferenças e dificuldades sociais, a profissão, mas acima de tudo o orgulho no momento da vitoria, mas também numa derrota de cabeça erguida!!

Finalmente muitos perceberam que não andamos todos a dormir, que não somos burros, nem tão pouco caímos em entrevistas e comentario simplesmente tristes, pelo facto de em vez de falarem no que realmente está errado, dao um enorme show off, tentando escapar á realidade, mas, acabou o tempo em que apenas se assobiava para o lado!!

Finalmente fico feliz por sentir que se começa a actuar, mas engane-se quem pense que acabou aqui, isto é apenas o inicio, porque os abusos de poder, as cunhas, as influencias e tudo o resto, está no desporto, a todos os niveis, infelizmente.

Finalmente nós jovens e todas as pessoas que estão de bem para o desporto sentimos que poderemos ter a cada dia que passa, um desporto mais limpo, onde impera os valores fundamentais, o respeito e a seriedade por quem trabalha honestamente, muitas vezes longe da familia, com enorme esforço, não recebendo nada, mas com o orgulho enorme no rosto e a consciencia tranquila que contribuimos para o desporto justo, para o verdadeiro desporto paixão!!

Finalmente começou a justiça....


João Lino

sábado, 12 de abril de 2008

Alimentação vs Nutrição

A alimentação e a Nutrição são duas faces da mesma moeda, por vezes complementares e outras contraditórias.
A satisfação quer das necessidades alimentares quer das nutricionais é essencial para o equilíbrio do indivíduo. O segredo é combinar essas duas necessidades, tornando-as complementares.
Num paradigma cartesiano, em que o “físico” é separado do “mental”, a nutrição é o mais importante, para nutrir o físico, nesse caso, a importância da alimentação é reduzida.
No paradigma da complexidade, em que o homem é uno e holístico, apresentando características emergentes únicas, a alimentação é indissociável da nutrição.
Tendo em conta este paradigma da complexidade, que para mim é o que mais sentido faz, a alimentação tem em conta:
• Valores históricos e culturais
• Serve para a identificação dum povo
• É um instrumento de sociabilização e foi um elemento que levou à criação da vida em sociedade
• É um factor de relacionamento social.
É por este factor de relacionamento social que através de uma refeição podemos avaliar uma pessoa, a sua iniciativa, liderança, comunicação, entre outras, porque:
• É um momento socialmente comum e aceite;
• A pessoa tem automatismos que tem mais dificuldade em controlar;
• É um momento onde se mostra a personalidade e os valores culturais

Esta avaliação poderá ser feita observando certos pontos, tais como por exemplo:
• Espaço vital
• Gesticulação (cadência e amplitude)
• Grau de relaxamento/contracção
• Olhar
• Ordem entrada
• Como se serve

Numa equipa de futsal, um almoço, lanche, jantar conjunto, pode nos revelar imensas coisas, como por exemplo quem é o líder (perfil de capitão), quem faz rir os outros, quem tem personalidade mais fechada, a refeição pode:
• Promover diálogos
• Inibir diálogos
• Dividir em grupos
• Aumentar a coesão de um grupo
• Apaziguar atritos
• Predispor pessoas para trabalhar em conjunto
• Reforçar/questionar lideranças
• Aumentar a independência e a autonomia
• Aumentar a responsabilização individual pelo grupo
• Traçar objectivos comuns
• Criar laços afectivos
Dependendo do objectivo que temos para a refeição de equipa, temos que ter em conta variados pontos, desde o espaço (ar livre, restaurante…), o tipo de mesas redondas (promove mais comunicação) ou rectangulares (normalmente marca posições de chefia\ liderança, se é forma ou informal, lugares marcados ou não (importante para integrar alguém ou por exemplo observar possíveis subgrupos dento do grupo), entre outros pontos a focar para a concretização do nosso objectivo.

A alimentação é muito importante para o bem-estar do desportista, a alimentação é mais que “matar a fome” ou nutrir o corpo, é uma fonte de prazer, de saciedade para a pessoa como um todo.
A mudança de hábitos alimentares altera profundamente o equilíbrio da pessoa por isso deve-se ter muito cuidado quando se fazem dietas e mudanças alimentares a desportistas, porque podemos por em risco o equilíbrio do seu organismo, piorando a sua performance.
Algumas das problemáticas como as dietas, anorexia e bulimia, nascem da necessidade de alterar a imagem de si próprio e a auto-estima; necessidade de educação “social” sobre que imagem se pretende e os efeitos sobre a saúde pública.
Caso nos apareça um jogador com estes problemas temos que definir muito bem a estratégia a seguir:
1. Motivar e informar o indivíduo sobre os risco que corre
2. Desenvolver hábitos de alimentação saudável
3. Promover a afirmação pessoal baseados nas características positivas do indivíduo como pessoa, e não na sua imagem.

A alteração dos hábitos alimentares é uma tarefa extremamente complicada, pois:

• Esses hábitos têm frequentemente origem familiar e cortar com eles é cortar com a tradição familiar;
• São hábitos muito enraizados nas vivências individuais, e fazem parte dos imaginários, que é muito complicado alterar;
• A alteração só é possível se partir, voluntariamente e de modo consciente, da pessoa, caso contrário, se imposto, nunca resulta;
• Quanto mais cedo for corrigido, maior a probabilidade de sucesso.

A alimentação é fundamental para o bem geral do desportista, usando-a bem, é mais um passo rumo ao sucesso!

João Lino

quinta-feira, 13 de março de 2008

Gestão desportiva


Todo o staff exterior á equipa técnica e plantel, funciona como suporte fundamental para a estabilidade de uma equipa.
Desde o angariar dos apoios financeiros, á gestão dos recursos, á estratégia de formação, á forma de marketing, tudo serve como forma de dinamizar e potencializar toda uma equipa.
A organização pensada como um processo de simplificação, de ambição e rigor, é a forma mais rápida de atingir resultados, mas mais do que isso, manter a saúde financeira de um clube o mais estável possível para que a sua continuidade e vitalidade esteja garantida a médio\longo prazo.
O controle de todos os gastos, de todos os ganhos (curto\ médio ou longo prazo), é uma das regras de ouro para a sobrevivência e possível bem-estar financeiro, bem-estar este que influencia inúmeras vertentes de todo o treino.
A aposta continua na quantidade e qualidade de materiais de treino é outro factor importante para a evolução, para que estejam asseguradas as condições ideais de trabalho.
A boa gestão e constante apoio vindo do topo da hierarquia é um tranquilizante fundamental para atingir os objectivos de forma segura.
João Lino

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Processo de treino III ( Treino psicologico )




O treino psicológico pode ser trabalhado em varias fases, a integração, o constante acompanhamento, a unicidade, o poder da palavra e o pós competição.

A integração:

A integração é uma das fases mais importantes do treino mental, é aqui que se fortifica cada vez mais a relação entre os treinadores, os jogadores, os métodos, as filosofias e os objectivos, é no incutir claro, objectivo e decidido que se começa a preparar o atleta mentalmente e se começa a faze-lo identificar-se com o clube, algo que levará a uma maior entrega, querer e motivação.

Constante acompanhamento:

Fundamental também é o jogador se sentir acompanhado, acarinhado e valorizado.
Aqui os treinadores tem que ter 1000 olhos, 1000 vozes, os treinadores tem que parecer que estão em todos os lados. Desta interactividade podemos ganhar jogadores mais motivados, mais confiantes, mais confortáveis, importante para combater de imediato pequenas frustrações momentâneas, que poderiam se tornar rotineiras.
Fortifica também a relação jogador – treinador.

A unicidade:

Cada jogador é único, logo cada jogador é fundamental, uma equipa não pode ser a soma de um nome mais os outros, mas sim a soma de todos os nomes.
É na competitividade saudável interna que poderá estar a chave para uma evolução mais rápida de todos, o pensamento tem que ser este, “ Tenho que trabalhar para provar que sou a melhor opção para o lugar, caso passe para a melhor opção tenho que trabalhar para manter, porque quem foi colocado na segunda opção seguindo este pensamento ira tentar provar o mesmo”, é neste seguimento saudável de trabalho, nesta “luta”, neste querer, que se ganham as oportunidades e que se faz crescer uma equipa, sendo todos fundamentais.

O poder da palavra:

Saber em que situação havemos de elogiar ou criticar um jogador requer um conhecimento mais profundo de cada um, se existem jogadores que criticados dão uma resposta forte dentro do campo, outros á mínima critica vão completamente abaixo. A palavra bem usada na altura certa e no espaço certo é meio caminho andado para manter um jogador motivado.

Pós competição:

Aprender com os erros e com as conquistas, levantando a cabeça e olhando em frente, é a grande solução, mas em muitos casos os erros deixam marcar irremediáveis numa equipa, cabe ao treinador tentar minimizar os efeitos e aos poucos ultrapassar as dificuldades, as frustrações e as quebras motivacionais na equipa.
João Lino

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Processo de treino II ( Divisão do treino )


Outro factor que acho muito importante processo de treino, é ele ser variado, dinâmico e existir momentos de descompressão (brincadeira) alternados com momentos de alta concentração.
Todo o processo de treino que a equipa técnica a que pertenço dirige, divide-se em 7 partes:

Aquecimento sem bola :
Este aquecimento sem bola consiste em 2 pontos, o primeiro em aquecer todas as articulações especificamente e o segundo em dar aos jogadores uma educação em treino de que não se deve fazer exercícios de grande amplitude sem aquecer-se bem, algo que com bola normalmente leva a excessos por parte dos jogadores.
Parte lúdica :
Esta parte consiste em dar uma pouco mais de alegria ao treino, evoluindo a interacção entre jogadores, aumentando o espírito de grupo e funcionando como um suplemente do aquecimento inicial. Nesta parte pode-se por exemplo jogar rugby, jogar á apanhada, jogar andebol, basquetebol, futvolei, etc etc

Aquecimento com bola\ Apurar a técnica:
Aqui já entra a tão desejada bola de futsal, apura-se o passe, a recepção, remate, drible, finta etc etc

Trabalho táctico:
Aqui trabalha-se todos os fundamentos tácticos em aprendizagem no dia.

Jogo:
Aqui dividimos em 3 partes, na fase inicial trabalha-se o conteúdo táctico anteriormente dado, na segunda parte cada equipa é livre de escolher dentro dos sistemas tácticos dados o que se adapta melhor para contrariar a outra equipa e vice versa ( parte importante para os jogadores puxarem pela cabeça e mecanizarem conteúdos usando a experiência adquirida), e a ultima parte, jogo livre, em maior descontracção.

Parte física localizada:
Aqui vem o trabalho físico mais localizado a nível muscular, trabalhando-se os gémeos, quadricipedes, abdominais, peitorais e braços.

Alongamento:
Fase final do treino, descompressão e importante para ajudar a remoção do acido láctico que se acumula nos músculos, evitando as dores musculares que muitos jogadores sentem nos dias seguintes aos treinos.

Com este processo de treino conseguimos no geral focar todos os pontos importantes, podendo sempre dar mais ou menos minutos conforme a necessidade a algumas partes, ou trabalhar a maior parte do plantel geral e alguns jogadores mais específicos com o técnico específico.
Manter uma concentração saudável, alegre e dinâmica é fundamental para uma aprendizagem mais rápida.

João Lino

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Processo de treino I (Divisão em areas)


Ao nível da organização das equipas técnicas, apostei numa equipa técnica grande, em que os processos de treino (Táctico, físico, técnico e guarda-redes) estivessem divididos e trabalhados de uma forma mais atenta por um técnico, e supervisionado pelo treinador principal.

Com este método de treino, percebi que os jogadores evoluem mais rapidamente, até porque existem sempre alguém que está observando os pequenos pormenores nas diferentes áreas e a tentar constantemente os melhorar. Todos os treinos, existe uma divisão de espaços, onde cada técnico trabalha os seus processos com os jogadores pré definidos para evolução de certas áreas, onde os jogadores acabam posteriormente por rodar pelas diferentes áreas de intervenção.

Importante é a existência de um treinador de guarda-redes, algo que normalmente não acontece nos clubes, embora esteja cada vez melhor, anteriormente os guarda-redes eram praticamente deixados a um “canto” a aquecer, para que logo que os jogadores extra baliza aquecessem, começa-se logo a defender remates. Agora aposta-se cada vez mais no trabalho específico dos guarda-redes, evoluindo a sua técnica, o seu físico e controlando o seu psicólogo.

A minha equipa técnica é fundamental para a tentativa de evolução mais rápida do plantel, e aos 4 (Nuno, Malhoa, Telmo e Pedro Diogo), só tenho a dizer um grande obrigado e que é um prazer enorme trabalhar com pessoas dedicadas e com valor.
No meu caso, fico com muito mais tempo para as intervenções tácticas e com uma visão mais pormenorizada sobre o potencial e as fragilidades de cada jogador.

Existem vários tipos de mecanizar o treino, a escolha muitas vezes não depende do desejo de cada um, mas das condições oferecidas e das adaptações que cada um consegue no seu treino para a optimização do mesmo.


João Lino

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Treino de Guarda Redes



FUNDAMENTOS TÉCNICOS
Estes fundamentos são a base, para o qual todos os exercicios devem ser programados, incutindo no guarda redes cada vez mais a noção de baliza e complementando-o com o maximo de trabalho fisico ( agilidade, velocidade, força... Algo que falaremos mais á frente), para que a sua evoluçao seja rapida e gradual.

POSICIONAMENTO
É o fundamento básico para o guarda-redes, pois facilitará muito a defesa dos remates adversários. O posicionamento deve ser com os pés afastados na linha dos ombros, mantendo-os sobre uma bissectriz de um triângulo imaginário traçado a partir da bola até os postes da baliza. Em relação à baliza, deve ficar um pouco à frente da linha de baliza, com os braços levemente flexionados e as mãos um pouco abaixo da linha de cintura, mantendo a posição básica de uma forma confortável, que lhe permita uma melhor concentração e facilite a sua velocidade de reacção. Um bom posicionamento é importante para facilitar a defesa, pois um bom guarda-redes não é aquele que faz quedas aparatosas mas sim aquele que realiza o menor esforço para realizar uma defesa. O posicionamento divide-se em frontal e lateral de acordo com a posição da bola.


DESLOCAMENTO
Partindo da posição básica, o guarda-redes desloca-se lateralmente sem cruzar os pés e sem encostar um pé no outro. Numa situação próxima de defesa, o deslocamento deve ser feito na ponta dos pés, facilitando o desequilíbrio do corpo para uma acção de defesa. A impulsão para o deslocamento é feita com a perna contrária ao deslocamento e em relação à baliza, deve descrever um trajecto de semicírculo entre um poste e outro. O deslocamento pode ser realizado de forma simples, lateral ou em saltitos na posição básica, dependendo da situação em que a acção se desenvolver.


DEFESAS
As defesas de bola são divididas em três tipos, sendo classificadas de acordo com a altura que a bola chega ao guarda-redes. Nas defesas, ambas as mãos devem receber a bola e, em todas situações, o contacto deve ser feito com a palma da mão, usando os dedos para comprimir a bola para que esta não escape. Após qualquer defesa, leva-se a bola junto ao corpo para maior segurança em relação ao seu controle. Defesa Alta: Esta deve ser realizada quando a bola vai da linha do peito para cima. A bola deve ser recebida com as mãos e os braços em forma de triângulo e, após a recepção, deve ser levada junto ao peito para melhor protecção, sendo isto realizado com um dos pés atrás, para aumentar a base de equilíbrio do corpo. Defesa Média: Nesta defesa os braços ficam flectidos junto ao corpo e as mãos posicionam-se na linha da cintura, em forma de concha, com a palma da mão voltada para cima e os dedos a apontar para baixo. Após a recepção, o guarda-redes deve proteger a bola junto ao abdómen e uma das pernas deve de ir para trás aumentando a base de equilíbrio do corpo. Defesa Baixa: Nesta defesa, o guarda-redes deve flexionar as pernas encostando um dos joelhos ao chão. O joelho que vai ao chão tem sempre como referência a posição do remate, sendo que as mãos devem receber a bola em forma de concha, com o tronco levemente flexionado e posicionadas à frente da perna que realizou a flexão, com o joelho no chão. Em relação à posição dos remates, estas defesas podem ser classificadas como frontais e laterais, onde se leva em consideração a posição do joelho que vai ao solo para execução de uma defesa mais segura.


QUEDA
Este fundamento é realizado com o desequilíbrio lateral do corpo em direcção à bola, proporcionado pela flexão da perna do lado da queda e a impulsão da perna contrária. O contacto com o solo deve ser feito pela parte lateral da coxa flectida e pelo tronco. O guarda-redes deve evitar o choque das articulações dos joelhos, quadril e cotovelos contra o solo. Para evitar que isto aconteça é importante que se siga uma sequência de aprendizagem de queda, começando pela execução de exercícios partindo da posição de sentado, de joelhos, agachado e depois da posição em pé. Podemos considerar como queda a defesa baixa, quando realizada em queda e na posição de barreirista, com uma perna em extensão e a outra em flexão com apoio do joelho ao solo.


REPOSIÇAO
Podemos classificar a reposição como curta e longa. A reposição curta é feita através de um movimento de flexão das pernas, com o lançamento da bola feito através de um movimento de braços, partindo de baixo e a bola descrevendo a trajectória pelo chão, para movimentos realizados para pequenas distâncias. A reposição longa é feita através de um passe de ombros, semelhante ao do realizado no andebol. O uso da quebra de punhos e da finta de corpo é muito importante para o guarda-redes, pois permitirá fintar o adversário no momento da reposição, dificultando a acção defensiva dos adversários.


SAÍDAS DE BALIZA
A saída de baliza é uma situação constante e deve ser rápida e sem hesitação, tendo como objectivo tirar o espaço de remate do adversário. Para isto o guarda-redes deve "aumentar” o seu tamanho, utilizando os braços e pernas, para no momento adequado tentar manter a bola sob seu controle. Nas situações em que o guarda-redes tiver que sair da área, deve definir rapidamente a jogada, eliminando a situação de perigo ou iniciando uma situação de contra-ataque. Para isto o guarda-redes deve ter a consciência de que actualmente ele pode-se tornar um libero na sua equipa. Podemos classificar em duas as saídas de baliza, sendo a saída baixa aquela realizada em queda lateral, ou aquela realizada com uma postura de contenção em posicionamento de defesa em pega baixa e a saída alta que utilizamos em duas situações: a primeira para interceptar bolas que descrevem trajectória alta sobre a área, realizando a defesa em pega alta ou em defesa em punhos (socar a bola); a segunda quando o guarda-redes sai da área para jogar com os pés.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Adaptações inter-pessoais


Será que é o treinador que se deve adaptar á personalidade de cada jogador? Será os jogadores que têm que se adaptar ao treinador? Será mútuo? Ou será que mesmo mutuo deve tender para algum dos lados?


A adaptação\conhecimento do treinador de cada jogador é muito importante, percebe-se qual a melhor forma de o motivar, de relacionar, de dizer algo e não baixar a moral desse mesmo jogador, mas acho que não se deve actuar disciplinarmente de forma diferente consoante a personalidade ou variar o método de treino, porque essa habituação pode ao jogador criar uma acomodação futura, que com outros treinadores pode não ser possível.

Por outro lado acho super importante os jogadores se adaptarem á personalidade do treinador, aos seus métodos, á sua exigência, á sua dinâmica. Essa adaptação por um grupo leva a uma mais rápida aprendizagem, a uma maior organização e atitude de equipa.

Para o bom funcionamento do grupo deve haver uma adaptação mutua das personalidades, mas não em todas as situações, principalmente a nível disciplinar, as medidas têm que ser iguais para todos, porque uma variação de medidas consoante cada atleta levará sempre a pensamentos de injustiça, de abuso de confiança e de falta de respeito.

Fundamental também é a adaptação pessoal entre os atletas, cada um saber o que pode ou não dizer, pensar antes de dizer algo se vai ou não criar conflito as suas palavras, ter uma atitude “profissional” (Podemos não ganhar como profissionais, mas podemos ter a sua atitude).

Qualquer jogador pode ser muito bom de pés, mas se não tiver atitude de jogador, será complicado impor-se. Essa atitude vê-se em variadas coisas, desde chegar a horas aos treinos, respeitar as decisões do treinador, colocar o colectivo á frente do individual, trabalhar forte nos treinos, dormir as horas certas antes dos jogos, não beber álcool na véspera dos jogos, respeitar os colegas, entre outras coisas.

O bom relacionamento dentro de um grupo e a percepção de cada um de até onde pode ir com cada pessoa, é meio caminho andado para o sucesso colectivo.


João Lino

Acreditar No Rumo


Não deixo de acreditar no rumo que tracei, por mais complicado que esteja, não faz parte de mim perder a esperança, sonhar é um bom motivo para continuar motivado, e eu acredito, desde o primeiro segundo e continuarei até ao último.

Na inocência de seguir um sonho, um dia entrou na minha vida a palavra “Treinador”, surpreendendo os meus mais tímidos pensamentos, despertando os medos, a insegurança, mas também a clara convicção que este seria o primeiro passo, rumo a um futuro baseado em conhecimento, experiência, inovação e mutação constante do desfragmentar de todos os processos normais.
Mas desde logo percebi que seria um caminho difícil, sofrido, rodeado de invejas, influencias, jogos escondidos, em que o acreditar no que fazemos e na forma como o fazemos é fundamental para que não sejamos atropelados pela concorrência não só externa, mas fundamentalmente interna.

Um balneário faz-se de um conjunto complexo e interactivo de experiências, sentimentos, personalidades e muitas expectativas, por vezes difíceis de alimentar ou simplesmente motivar.
Um constante interligar de variáveis, rumo a uma perfeição momentânea, de futuro incerto e múltiplo de sensações distintas e perturbadoras. Desde o primeiro momento tentei olhar para a palavra “jogador”, como o somatório de várias partes, desde a física, a técnica, táctica, mas fundamentalmente a psicológica.

É nesta compreensão do jogador enquanto ser humano, as suas motivações, as suas alegrias, os seus objectivos, mas fundamentalmente as suas tristezas, as suas frustrações, os seus medos, que estabelecemos uma relação de proximidade fundamental para saber o perfil psicológico de cada jogador e saber a melhor forma de o motivar.


João Lino

sábado, 26 de janeiro de 2008

Sentir Futsal


Decidi criar este espaço, seguindo uma linha de constante evolução, de dia após dia chegar mais á frente, de dia após dia olhar mais á frente e de dia após dia pensar mais á frente.
Este será um espaço que tentarei que seja rico em pensamentos, emoções, evoluções tácticas, evoluções psicológicas, evoluções físicas, evoluções técnicas, seguindo um ideal de treinador que olha para o jogador como uma divisão em partes, em que uma não estar bem, significa o ser não estar.


A minha mão, uma tabela de desenhar, uma bola e um grupo motivado de jogadores como inspiração rumo ao sonho que luto diariamente.
Espero que visitem, gostem e voltem a visitar, pois este espaço está aberto á opinião critica de cada um, desde que fundamentada.


Fico á espera….