O futsal feminino está em crescimento em Portugal, algo que valorizo bastante, por isso, neste blogue existirá sempre mensalmente uma entrevista a alguém, ligada ao futsal feminino.
Começo pela jovem guarda-redes Sandra Ferreira, de 22 anos, que joga actualmente na equipa do G.A.R.E.C.U.S, situada em Santiais, equipa pertencente ao Distrito de Leiria. Começou a sua prática no futsal na Freixianda em 2008, sendo que está época já conquistou a Taça do Torneio de Abertura do Distrito de Leiria.
JL - Como surgiu a sua paixão pelo futsal e especificamente pela baliza?
SF- Bem, a paixão pelo Desporto em si, surgiu desde muito cedo, sendo que as aulas de Educação Física na escola, vieram ajudar ainda mais. Na escola primária, na hora do chamado “recreio”, eu era a única rapariga que ia jogar à bola com os rapazes e muitas vezes na baliza.
Os anos foram passando, mas o gosto pela bola continuando, e por vezes nem que fosse uns meros toques em casa já era muito bom. Depois, passaram-se mais uns anos, até à escola secundária, onde fui a única rapariga numa turma de rapazes, e onde nas aulas de futsal em Educação Física mais uma vez ia à baliza.
No ano 2008, mais propriamente à 4 anos, ouvi que ia haver uma equipa feminina na Freixianda, o Grupo Desportivo Freixianda (G.D.F.), onde surgiu o meu primeiro ano de futsal federada e onde comecei como jogadora (fixa, e no segundo ano, poucos jogos na posição de ala). Foram dois anos um pouco fraquinhos em termos de resultados, mas apesar dessas derrotas aprendi muita coisa com um grande grupo, com pessoas diferentes mas unidas, e um grande exemplo disso foi a capitã. O amor pelo futsal foi aumentando, e como costumo dizer, “o futsal é o meu mundo aparte e se me tiram, é como se me tivessem a tirar um pouco de vida”.
Passado dois anos, chegou ao fim o Grupo Desportivo Freixianda e muitas perguntas, alguma tristeza surgiu na minha cabeça, pensando, que era o fim do futsal.
Havia uma equipa denominada G.A.R.E.C.U.S, situada em Santiais, equipa pertencente ao Distrito de Leiria(um distrito que gostava de ver como o futsal era trabalhado). Certo dia, fui mais duas amigas a uns treinos, acabamos por ir fazer um torneio de Verão no Louriçal. Até que, a g.r queria sair do futsal, e o treinador falou comigo se eu eventualmente não queria ser g.r, eu depois de muito pensar e de muita hesitação, porque não gostava muito de ir à baliza, só ia mais em torneios de Verão, mas acabei por aceitar, experimentar e inclusive fiquei a jogar na equipa. Mas até hoje, foi uma grande opção que tomei, apesar de por vezes não ser nada fácil ser-se guarda redes, mas é a melhor posição. Aprendi a gostar, a lidar com a pressão, a entender a alegria de fazer uma defesa, o cumprimentar, o festejar os golos com os postes/barra, tudo isto tem os seus significados que só quem é guarda redes entende, e que para muitos é de loucos.
Os anos foram passando, mas o gosto pela bola continuando, e por vezes nem que fosse uns meros toques em casa já era muito bom. Depois, passaram-se mais uns anos, até à escola secundária, onde fui a única rapariga numa turma de rapazes, e onde nas aulas de futsal em Educação Física mais uma vez ia à baliza.
No ano 2008, mais propriamente à 4 anos, ouvi que ia haver uma equipa feminina na Freixianda, o Grupo Desportivo Freixianda (G.D.F.), onde surgiu o meu primeiro ano de futsal federada e onde comecei como jogadora (fixa, e no segundo ano, poucos jogos na posição de ala). Foram dois anos um pouco fraquinhos em termos de resultados, mas apesar dessas derrotas aprendi muita coisa com um grande grupo, com pessoas diferentes mas unidas, e um grande exemplo disso foi a capitã. O amor pelo futsal foi aumentando, e como costumo dizer, “o futsal é o meu mundo aparte e se me tiram, é como se me tivessem a tirar um pouco de vida”.
Passado dois anos, chegou ao fim o Grupo Desportivo Freixianda e muitas perguntas, alguma tristeza surgiu na minha cabeça, pensando, que era o fim do futsal.
Havia uma equipa denominada G.A.R.E.C.U.S, situada em Santiais, equipa pertencente ao Distrito de Leiria(um distrito que gostava de ver como o futsal era trabalhado). Certo dia, fui mais duas amigas a uns treinos, acabamos por ir fazer um torneio de Verão no Louriçal. Até que, a g.r queria sair do futsal, e o treinador falou comigo se eu eventualmente não queria ser g.r, eu depois de muito pensar e de muita hesitação, porque não gostava muito de ir à baliza, só ia mais em torneios de Verão, mas acabei por aceitar, experimentar e inclusive fiquei a jogar na equipa. Mas até hoje, foi uma grande opção que tomei, apesar de por vezes não ser nada fácil ser-se guarda redes, mas é a melhor posição. Aprendi a gostar, a lidar com a pressão, a entender a alegria de fazer uma defesa, o cumprimentar, o festejar os golos com os postes/barra, tudo isto tem os seus significados que só quem é guarda redes entende, e que para muitos é de loucos.
JL- Para si qual o ponto fundamental a trabalhar, no treino específico de GR, para uma melhor evolução? Porque?
SF- O ponto fundamental principalmente, é o querer do próprio guarda redes, de trabalhar bem durante a semana, chegar aos dias dos jogos com descontracção e mantendo a calma.
Motivação também é um ponto bem forte e necessário, pois é preciso “levantar-nos” quando surge uma “queda”, momentos menos bons, pois eles também fazem parte. E isso serve também para um jogador, mas acima de tudo para um guarda redes, pois ele/ela é o espelho da equipa. É bom ter um treinador que trabalhe bem com eles/elas, mas ele não irá fazer milagres, grande parte do trabalho vem da vontade do próprio guarda redes.
Motivação também é um ponto bem forte e necessário, pois é preciso “levantar-nos” quando surge uma “queda”, momentos menos bons, pois eles também fazem parte. E isso serve também para um jogador, mas acima de tudo para um guarda redes, pois ele/ela é o espelho da equipa. É bom ter um treinador que trabalhe bem com eles/elas, mas ele não irá fazer milagres, grande parte do trabalho vem da vontade do próprio guarda redes.
JL- Acha fundamental os GR estarem integrados sempre nas aprendizagens tácticas? Porque?
SF- Acho extremamente importante o guarda redes saber as tácticas da equipa, pois é fundamental estar a par e enquadrado com os esquemas técnicos e tácticos da equipa, pois o futsal joga-se em grupo e não individualmente. Acima de tudo, o guarda redes é o que está de frente para o jogo, e para o sucesso grande parte começa na baliza.
SF- Acho extremamente importante o guarda redes saber as tácticas da equipa, pois é fundamental estar a par e enquadrado com os esquemas técnicos e tácticos da equipa, pois o futsal joga-se em grupo e não individualmente. Acima de tudo, o guarda redes é o que está de frente para o jogo, e para o sucesso grande parte começa na baliza.
JL - Sabendo que em Portugal o treino especifico de GR é uma realidade ainda inexistente em muitos clubes amadores, que sugestões dá aos clubes sobre o treino especifico de GR?
SF- Na minha opinião e pessoalmente, no meu primeiro ano, e talvez devendo-se a ser a única guarda redes e a ser o meu primeiro ano como guarda redes, por mais que soubesse o básico para ir à baliza, tive o treinador que trabalhou comigo, onde nesse ano evolui consideravelmente. Actualmente, com mais duas guarda redes, o trabalho específico mantêm-se.
Mas acho que muitos clubes amadores não terem treino específico, deve-se a muitos treinadores em alguns casos não terem ninguém, tendo de ser eles a darem o treino aos guarda redes e jogadores, e muitas das vezes os guarda redes acabam por treinarem sozinhos. Por vezes, dá-se mais importância ao trabalho com os jogadores e consideram a posição de guarda redes como algo secundário, que não precisa tanto de ser trabalhada.
SF- Na minha opinião e pessoalmente, no meu primeiro ano, e talvez devendo-se a ser a única guarda redes e a ser o meu primeiro ano como guarda redes, por mais que soubesse o básico para ir à baliza, tive o treinador que trabalhou comigo, onde nesse ano evolui consideravelmente. Actualmente, com mais duas guarda redes, o trabalho específico mantêm-se.
Mas acho que muitos clubes amadores não terem treino específico, deve-se a muitos treinadores em alguns casos não terem ninguém, tendo de ser eles a darem o treino aos guarda redes e jogadores, e muitas das vezes os guarda redes acabam por treinarem sozinhos. Por vezes, dá-se mais importância ao trabalho com os jogadores e consideram a posição de guarda redes como algo secundário, que não precisa tanto de ser trabalhada.
JL- Que sugestões dá aos jovens GR que iniciam o futsal actualmente?
SF- A sugestão principal é que se realmente gostam de Desporto, mais concretamente de Futsal que lutem, embora o apoio por vezes seja escasso, mas a nossa força interior vale mais do que qualquer obstáculo que se atrevesse no nosso caminho. É muito difícil fazer disto uma vida é certo, mas se fizer por amor, por prazer, estarão automaticamente a criar um vosso outro mundo aparte. Quanto à posição de guarda redes, todos poderão ser guarda redes, mas não são todos os que conseguem perceber o fascínio de o ser, é preciso coragem acima de tudo, ser forte para aguentar alguma pressão que por vezes exista, nos momentos menos bons erguer sempre a cabeça, acreditar sempre que nós próprios valemos mais do que muitos o julgam. Encarar cada jogo com descontracção e concentração, e as “coisas” irão surgir naturalmente.
SF- A sugestão principal é que se realmente gostam de Desporto, mais concretamente de Futsal que lutem, embora o apoio por vezes seja escasso, mas a nossa força interior vale mais do que qualquer obstáculo que se atrevesse no nosso caminho. É muito difícil fazer disto uma vida é certo, mas se fizer por amor, por prazer, estarão automaticamente a criar um vosso outro mundo aparte. Quanto à posição de guarda redes, todos poderão ser guarda redes, mas não são todos os que conseguem perceber o fascínio de o ser, é preciso coragem acima de tudo, ser forte para aguentar alguma pressão que por vezes exista, nos momentos menos bons erguer sempre a cabeça, acreditar sempre que nós próprios valemos mais do que muitos o julgam. Encarar cada jogo com descontracção e concentração, e as “coisas” irão surgir naturalmente.
JL- Na sua carreira, quais sãos os seus objectivos imediatos e a longo prazo?
SF - Primeiramente, os meus objectivos imediatos, é ajudar a equipa que represento actualmente a chegar ao final do campeonato em primeiro lugar, sendo portanto campeã. Um pouco mais difícil mas não impossível ser campeã na Taça do Distrito. E se possível um dia, a Taça Nacional.
A longo prazo, e mantendo os pés bem assentes na terra como se costuma dizer, os meus maiores sonhos, jogar na Selecção Nacional, e no clube do meu coração, o Benfica. Ser a melhor guarda redes, e para isso é que quero e trabalharei sempre mais até ao auge das minhas forças.
A longo prazo, e mantendo os pés bem assentes na terra como se costuma dizer, os meus maiores sonhos, jogar na Selecção Nacional, e no clube do meu coração, o Benfica. Ser a melhor guarda redes, e para isso é que quero e trabalharei sempre mais até ao auge das minhas forças.
JL- Agradeço a disponibilidade para a entrevista, desejando os maiores sucessos rumo aos teus sonhos.
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