quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Ansiedade



Os psicólogos do desporto vêm estudando a relação entre ansiedade e desempenho há
décadas. Eles não chegaram a conclusões definitivas, mas esclarecem aspectos do processo
que têm várias implicações para ajudar os desportistas a reagirem e terem melhor desempenho, em
vez de se deixarem abater e atuarem mal (WEINBERG e GOULD, 2001).

O desportista pode ter seu desempenho afectado positivamente ou negativamente em
decorrência do estado emocional pré-competitivo.
A ansiedade é o termo usado para a emoção experimentada quando nos deparamos
com eventos aversivos que podem nos causar dor. A exposição a ameaças causa mudanças
fisiológicas que nos preparam para lidar com essas ameaças. Uma dessas mudanças é o
estreitamento da atenção e, dessa maneira, o desportista fica menos sensível a estímulos externos, o
que pode causar uma queda em seu desempenho global. As mudanças fisiológicas que
ocorrem no organismo consumem muita energia, o que pode interferir em atividades de longa
duração. O excesso de ansiedade causa um aumento de adrenalina, que pode fazer com que o
atleta se apresse em executar ações que requerem atenção e cuidado.

Existem algumas estratégias que podem auxiliar o desportista a lidar com o excesso de
ansiedade e tensão, como aprender a reconhecer e mudar pensamentos negativos, utilizar
afirmações positivas, regular a respiração, manter o senso de humor e fazer relaxamento.
Segundo Fleury (2005), a ansiedade pré-competitiva é um estado emocional que se
caracteriza por nervosismo, preocupação e apreensão que pode ser gerado por nossos
pensamentos (ansiedade cognitiva) ou por reacções fisiológicas (ansiedade somática).

Para Martens (apud VOSER, 2003), existem muitas causas para o aparecimento da
ansiedade antes da competição, mas em geral, elas reduzem-se a dois fatores: A incerteza que
os indivíduos possuem acerca do resultado e a importância que o resultado representa para os
indivíduos.
Cratty (1983), afirma que nem toda a ansiedade é prejudicial. O bom desempenho
requer um nível de ansiedade ótimo. Brandão (1995) concorda dizendo que quando isto
acontece o desportista esta psicologicamente em controle.
Para Fleury (2005) certo grau de ansiedade pode melhorar o desempenho desde que os
níveis fisiológicos não sejam excessivos, um pouco de tensão aumenta o esforço e a
concentração de um desportista, o desempenho deteriora-se apenas sob as condições combinadas de
preocupação mais ativação física excessiva (ativação física = tensão, batimento cardíaco,
respiração alterada, sudorese, etc.).
Para Júnior (1998) a ansiedade pode ser positiva ou negativa. Ela é positiva quando a
ansiedade está adequada, existe uma estabilidade emotiva e o desportista possui uma personalidade
sadia. Negativa quando existem tensões emocionais excessivas ou então o desportista não apresenta
nenhum quadro de tensão emocional, ele se mostra ausente em relação à competição.

2 comentários:

Rui Rodrigues disse...

Excelente post ;) gostei particularmente deste...

Anónimo disse...

gande post lino...sem duvida nos profissionais do desporto sabemos que ansiedade é um factor negativo no rendimento do atleta e principalmente nas camadas mais jovens em que ainda nao se tem maturidade suficiente para se auto-controlarem, ou reduzi-las (salvas raras excepçoes).

continua com este blog que esta muito porreiro.

um abraço.